PRESO ÁS COISAS?!
Há sujeitos demasiado zelosos e preocupados pelas suas
coisas. Precisam muito de controlar as suas coisas. Quase parecem mesmo
obsessivos. Essas coisas aos olhos de quem passa podem parecer ter um valor
imenso. Mas o que é valioso e digno de zelo são as atitudes do sujeito e não as
coisas em si.
O sujeito precisa de controlar as suas coisas para se sentir
seguro já que é incapaz de se sentir seguro por si próprio. É como se a
meticulosidade que aplica às coisas o ajudasse a organizar-se a ele próprio por
dentro, uma espécie de apaziguamento interior.
Efectivamente as coisas são certas, as pessoas é que não, no
entanto o sujeito nunca estará plenamente satisfeito enquanto às coisas estiver
preso.
1 Comments:
Estar preso às coisas é ter MEDO DO AMOR.
Quem vibra pelo medo está sozinho, não se sente protegido e consequentemente não tem protecção. Vive à mercê do ego, dos objectivos básicos e materialistas que vai definindo para a sua própria vida.
E como os objectivos são construídos com o intuito básico da sobrevivência na matéria, mesmo quando são atingidos, devolvem, via de regra, uma imensa insatisfação. Porque não preenchem o local menos habitado do ser humano. O seu peito.
Penso que quem se limita a Ser não faz tantas perguntas.
Ser é juntar a mente ao coração. Ser é saber que o sentir determina tudo. Determina a missão, o foco e como chegar lá. Determina se estás no caminho certo ou se ainda não o encontraste.
Ser é saber sentir. É utilizar a mente para dar vida ao que se sente. Mas para isso é preciso entregar-se, confiar.
Acreditar que estamos sempre atentos, a enviar sinais e que estes só são compreendidos pelo coração. Os sinais que enviamos não são lógicos. Esses, os lógicos, só a mente entende. E o que a mente entende está camuflado pelo medo. Os sinais que enviamos têm leitura imediata no coração.
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